FECUNDAÇÃO
Em biologia, chama-se fertilização ou fecundação ao processo em que um espermatozóide penetra, no ovócito II (ou ovócito), como no caso dos seres humanos e maioria dos mamíferos, e noutras o óvulo (nos restantes animais), ou em que o tubo polínico penetra no óvulo das plantas durante o processo de reprodução. Confrontar com singamia e conjugação.
Em geral, a fecundação é intra-específica, isto é, processa-se apenas entre indivíduos da mesma espécie. Mas há casos de fecundação inter-específica, entre indivíduos de duas espécies evolucionariamente próximas. Os indivíduos que nascem destas fecundações designam-se por híbridos (exemplos: os cavalos e os burros podem cruzar-se, dando a origem a um híbrido: o macho ou mula, que neste caso são estéreis; o jaguar e o leopardo podem cruzar, dando origem a um híbrido, que neste caso é fértil, etc.).
A célula reprodutora feminina (óvulo numas espécies ovócito II noutras), possui barreiras para a penetração dos espermatozóides: a corona radiata (mais externa, composta de células foliculares) e a zona pelúcida (camada glicoprotéica situada após a corona radiata). Os espermatozóides, gametas masculinos, possuem na cabeça o acrossomo, que começa a liberar enzimas hidrolíticas ao entrar em contato com tais barreiras. Após vencê-las, ocorre a fusão entre as membranas dos dois gametas.
Imediatamente após a fecundação, as células foliculares glandulares que envolvem a célula reprodutora feminina retraem-se, liberta-se o conteúdo dos grânulos corticais formando a membrana de fecundação que não vai permitir a entrada de mais espermatozóides.